Viver missão

 Há tempos não escrevo nesse blog. Vendo-o agora, questiono o titulo que dei no passado: "Fazendo Missões".

Fazer missões me dá ideia de que eu vou ali fazer algo para Deus, algo para o Seu reino. Isso significa que não é um estilo de vida, mas um momento que separo para dedicar-me àquela  missão. Como acontece com algumas pessoas que separam um final de semana para ir ali evangelizar, pregar ou separam suas férias para dedicarem-se a um projeto missionário. Depois, voltam para suas vidas e suas rotinas.

Viver missão tem um sentido diferente. Viver missão significa que tudo o que eu faço, tudo o que almejo, desejo, prospecto para o futuro, tudo é em função do reino de Deus.  Não  vou ali ou naquele pais ou naquele lugar para fazer algo pra Deus. Eu vivo para Deus na dependência de Deus e na força de Deus, fazendo o que quer que seja, tudo tem a ver com Ele.  Não é separar uma parte do meu tempo pra fazer alguma coisa, mas implica em tudo o que eu fizer, faço para Deus. Todas as coisas ordinárias que eu faço, faço de maneira extraordinária porque estou fazendo para Deus. 

Fico pensando como seria diferente o atendimento de um médico por exemplo que trabalha para Deus e na suficiência de Deus. O atendimento dele seria diferenciado, porque ele olharia para o paciente com o olhar de Jesus, porque ele saberia que esta ali trabalhando para Deus e não para uma instituição. 

Minha vida é dedicada a essa missão. Se estou pregando, discipulando, aconselhando ou se estou simplesmente descansando,  tudo é feito com o objetivo de manifestar a luz de Deus, anunciar a Cristo, expressar o amor de Deus pelos homens. Viver assim, é adoração a Deus. Essa é minha missão, tudo o que faço, sejam coisas grandes ou pequenas, faço para Deus, servindo o meu próximo.

Não estou negando o fato de que Deus chama pessoas para se dedicar exclusivamente a atividades ministeriais, mas sinceramente, posso ser um “missionário profissional”. Durante o dia eu me dedico a missão e depois do expediente, eu vivo minha vida. Claro que não. Não existe separação entre isso e aquilo, entre o meu perfil profissional e pessoal. Acho que isso é viver de modo integro sem separação do santo e do profano. Essa é a diferença entre aquele que busca ser um missionário e um fazedor de missões.